segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Vítimas de assalto a banco na Paulista procuram investigação particular para recuperar bens - São Paulo - R7

Do portal R7

Vítimas do assalto milionário ao banco Itaú, na avenida Paulista, região central de São Paulo, têm procurado detetives e empresas de segurança particulares para recuperar seus objetos roubados. Segundo o especialista em segurança Fernando Fleiter, quem busca esses serviços, em geral, está disposto até mesmo a comprar os bens dos criminosos.

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- [Elas compram] pelos mesmos motivos que as pessoas não quiseram fazer o BO (boletim de ocorrência). São pessoas que não querem dizer o que elas têm, por que elas têm ou como ela têm esses objetos.

Cerca de 170 cofres foram roubados no assalto, mas até agora apenas cinco clientes procuraram a polícia. Segundo Fleiter, o interesse das quadrilhas por joias tem crescido. Somente em São Paulo, este ano, cinco joalherias foram roubadas.

- Roubar ouro hoje, roubar joias é mais interessante, é mais líquido, sob o ponto de vista do criminoso, do que roubar cash (dinheiro).

O assalto, que aconteceu no dia 28 de agosto, pode ter causado um prejuízo total de R$ 100 milhões. A polícia disse, nesta sexta-feira (16), que já identificou cinco suspeitos de terem participado do roubo. A informação foi passada pelo diretor geral do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado), Nelson Silveira Guimarães.

Segundo ele, uma quadrilha formada por 12 pessoas da zona norte de São Paulo seria a responsável pelo crime. As afirmações foram feitas durante entrevista coletiva na sede do Deic, na zona norte da capital paulista, após a divulgação da prisão de um pedreiro de 29 anos na noite da quinta-feira (15). O homem foi detido, em Embu, na Grande São Paulo, com parte das pedras preciosas e das joias do roubo ao Itaú, além de um pacote de dinheiro com 10.840 libras (o equivalente a R$ 29.470) e um carro – que ele teria comprado com cerca de 8.000 dólares, também produto do assalto ao banco.

- Isso é só uma amostra. Foi um ‘cala boca’ feito para o irmão.

De acordo com Guimarães, o irmão do pedreiro é quem, de fato, participou do roubo ao Itaú. O diretor contou ainda que a polícia mostrou ao pedreiro imagens em que aparecem os suspeitos do crime e o detido teria reconhecido um dos homens como seu irmão.

- Recebemos informação de um policial aqui do Deic que esse homem [o pedreiro] estava tendo ações não comuns, nós fomos checar na casa dele e achamos os objetos.

O irmão do pedreiro tem passagens anteriores na polícia por roubo a banco.

Assista ao vídeo:

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