A Corregedoria Geral da Polícia Civil de São Paulo investiga o delegado Carlos Alberto Achôa Mezher, chefe da delegacia do aeroporto de Cumbica, sob a suspeita de que ele explore o ramo da segurança privada com uma empresa registrada em nome de parentes, informa reportagem de André Caramante publicada na edição deste sábado da Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
A suspeita é de que ele seja o verdadeiro dono da Cerco Segurança Patrimonial e Vigilância Ltda., em nome de Mague Achôa Mezher e Patrícia Verginelli Mezher --mulher do delegado. A empresa oferece serviços que são atribuições do policial: "pronta resposta" para sequestro e ameaças de bomba, por exemplo.
A empresa firmou nos últimos anos contratos de mais de R$ 4 milhões com o Estado e a Prefeitura de São Paulo, segundo documentos da investigação.
A Lei Orgânica da Polícia Civil não veda participação de policial como cotista de empresa privada, muito menos de seus parentes, mas o policial não deve participar do dia a dia da empresa, seja qual for seu ramo.
Questionado pela reportagem, Mezher, afirmou não ter nenhum tipo de vínculo com a Cerco. "Não estou sabendo [de investigação da Corregedoria da Polícia Civil], não estou sabendo de empresa de segurança, eu não estou sabendo de nada", disse.
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