quarta-feira, 19 de maio de 2010

É maldade dizer que grupo de extermínio tem PM, diz secretário

Polícia apura atuação de PMs em chacina em Campinas

DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"

O secretário da Segurança, Antonio Ferreira Pinto, afirmou ontem ser "maldade" dizer que há um grupo de extermínio formado por policiais militares na zona leste, conforme a Folha revelou anteontem.
"Nem todo crime praticado por dois indivíduos, em uma moto, de roupa preta e capacete, pode ser atribuído à Polícia Militar. Isso é maldade, maledicência. É uma forma de alguns setores, que vamos identificar, de simplesmente aviltar o trabalho da PM", disse.
Ele também defendeu rigor nas investigações que têm PMs como suspeitos.
A Polícia Civil investiga cinco PMs do 21º Batalhão suspeitos de integrar o grupo, ao qual 11 mortes são atribuídas.
Em Campinas (93 km de SP), a Polícia Civil investiga a participação de PMs na chacina de quatro membros de uma mesma família anteontem.
Uma das vítimas, o cabeleireiro William Camargo Ribeiro, 20, é suspeito de ter tentado roubar a moto de um policial militar no mês passado.
Segundo o delegado Rodrigo Otávio Monteiro, o envolvimento de PMs é uma das hipóteses -não há provas.


Polícia prende suspeito de assalto à joalheria Tiffany

Detido na zona leste após denúncia anônima, ex-presidiário foi identificado nas imagens do circuito interno de shopping

Segundo delegado, ele negou integrar a quadrilha e disse ter sido contratado porque tinha metralhadora; polícia desconfia da versão


ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Civil prendeu ontem um homem acusado de participar no domingo do assalto à joalheria Tiffany & Co. do shopping Cidade Jardim (zona oeste), um dos mais sofisticados de SP. Jeferson Luiz de Lima, 31, ex-presidiário, foi detido em São Mateus (zona leste).
Segundo a polícia, ele disse ter atuado como freelancer e sido contratado pela quadrilha por ter uma metralhadora.
O delegado Marco Antonio Bernardino Santos, do 42º DP (Parque São Lucas), informou que Lima assumiu participação no roubo, mas disse não integrar a quadrilha. Os policiais não acreditam nessa versão.
O ex-presidiário disse à polícia que o crime foi arquitetado por um homem de apelido Twin -"gêmeo", em inglês, mas usado na gíria do crime como "dupla personalidade".
Lima disse ter sido contratado para o roubo porque tinha uma metralhadora 9 mm. Ele faria o que os criminosos chamam de "contenção" -vigiar a eventual chegada da polícia e, se necessário, trocar tiros.
O ex-presidiário já era procurado pelos investigadores do 42º DP por ser suspeito de participar de roubos a pessoas que sacavam dinheiro em agências bancárias da região de São Mateus. Uma denúncia anônima levou a polícia ao acusado.
A metralhadora 9 mm usada no assalto à Tiffany foi apreendida, com 18 cartuchos. Não foram achadas joias com Lima.
Nas imagens do circuito de segurança do shopping Cidade Jardim, ele aparece ao entrar em um dos três carros usados pela quadrilha. Usava uma meia-calça para cobrir o rosto.
Até o início da noite de ontem, Lima ainda não tinha advogado de defesa.
O assalto à Tiffany foi cometido por ao menos oito criminosos que, para a polícia, são do extremo leste da capital.

SALTO

Policiais são afastados após roubo e depredação de DP


DA REPORTAGEM LOCAL

Quatro funcionários foram afastados ontem pela Secretaria de Estado da Segurança Pública por causa dos dois episódios ocorridos em Salto: o assalto a uma mulher dentro do 1º DP na semana passada e a invasão e a depredação da mesma unidade anteontem.
Luciano Carneiro de Paiva, delegado titular do 1º DP, Moacir Rodrigues de Mendonça, da delegacia-sede de Salto, o escrivão Carlos César Fontolan e a carcereira Valéria de Jesus Nascimento Roedel foram afastados.
O secretário de Estado da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, disse que uma empresa de segurança privada deveria ter sido contratada para proteger a unidade.

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