Os jornais de São Paulo fazem todo ano, um balanço da gestão da segurança publica. Contudo, basta da uma olhada nos principais jornais que logo se percebe uma blindagem ao atual governo José Serra, visto que rarissimamente acontece quando os mesmos jornais tratam da política federal, onde permanentemente o questionamento da oposição tem espaço garantido (o que é normal em democracia) a oposição raramente é ouvida ou aparece.
O jornal Estado de São Paulo fez um balanço positivo da segurança publica no seu editorial no final do ano de 2008, sem mencionar a greve de policiais civis. Na visão do jornal o ano de 2008 termina com um saldo bastante positivo no campo da segurança pública. Entretanto, basta fazer uma rápida pesquisa sobre a desordem administrativa de São Paulo, após os 14 anos em que o Estado foi comandado pela dupla /Geraldo Alckmin/ José Serra, para perceber nem tudo é o que parece, pois basta começar o ano tudo volta ao seu curso normal. Ou seja, é o bastante para desmascarar mais esta engenhosa manipulação da mídia.
Na verdade, depois de dois anos em queda, os latrocínios (roubos seguidos de morte) voltaram a crescer em 2008 na cidade de São Paulo. Passaram de 42 casos, em 2007, para um total de 69 crimes -aumento de 64,3%.
As estatísticas de latrocínio foram reveladas ontem pelo "Jornal da Tarde".
Considerando-se os últimos três meses do ano, São Paulo não tinha um período tão crítico desde 2004 -a Secretaria da Segurança Pública divulga as estatísticas por trimestre.
Naquele ano, a polícia fechou as contas com 20 latrocínios. Depois, houve queda. No último trimestre de 2008, porém, foram registradas 18 mortes durante assaltos. O pior quarto trimestre, até então, havia sido o de 2007, com 15 casos.
Nessa divisão por trimestres, o terceiro do ano passado havia sido ainda pior. Nesses 90 dias, 22 pessoas foram mortas em roubos na capital. No mesmo período de 2007, a polícia tinha registrado 11 crimes.
Em 2007, a Secretaria da Segurança comemorou uma redução de 6,7% em relação a 2006, com seus 45 casos, mas comemorava principalmente uma tendência de queda. Isso porque, em 2005, a capital tinha registrado 81 mortes durante assaltos e, no ano anterior, outros cem crimes.
Para a polícia, apesar do crescimento percentual parecer grande (64,3%), o número de vítimas (69) é pequeno diante dos homicídios dolosos (com intenção), com mais de 4.000 vítimas no Estado. Os policiais consideram o latrocínio um dos crimes de esclarecimento mais complicado porque nem sempre há testemunhas.
A Segurança Pública não comentou os dados. A reversão na tendência de queda também deverá ser sentida em outros índices de violência de 2008, que a pasta deve divulgar hoje.
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