Vítima morta a tiros havia roubado celular do agente em motel, diz polícia.
Segundo delegado, rapaz está afastado do trabalho por questões de saúde.
Foi preso nesta quinta-feira (13) o suspeito de matar um travesti a tiros na noite de terça-feira (11) no bairro Quintino Facci II em Ribeirão Preto (SP). Segundo o delegado Ricardo Turra, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o homem que trabalha como agente penitenciário no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Serrana (SP) confessou o crime, mas disse que agiu dessa forma porque foi ameaçado. A arma usada no crime foi entregue pelo rapaz à polícia.
Ainda segundo o delegado o agente penitenciário está afastado das funções no CDP por motivos de saúde. Após ter confessado o crime, o suspeito foi liberado. Ele responderá o processo em liberdade.
A Polícia Civil informou que chegou ao suspeito após ouvir o depoimento de testemunhas. O homem de 29 anos contou à polícia que veio a Ribeirão Preto na noite de domingo (16) e foi a um motel com algumas garotas de programa. O suspeito afirmou que foi surpreendido pelo travesti que invadiu o quarto onde ele estava e roubou o celular dele.
“O suspeito disse em depoimento que procurou saber quem era o travesti e na terça-feira foi atrás dele para tentar reaver o telefone. Chegando ao local, o travesti disse que havia vendido o celular em troca de drogas, mas que o agente poderia voltar à noite, porque ele daria um jeito de lhe entregar o dinheiro”, diz Turra. “Ele voltou ao local, conforme o combinado, mas o travesti disse ao agente que não havia conseguido o dinheiro de volta. O agente contou que foi ameaçado, sacou a arma e atirou contra o travesti, fugindo em seguida”, relata o delegado.
A vítima chegou a ser levada a unidade de saúde do Quintino Facci por um casal, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo caso
Outro homicídio envolvendo travestis foi registrado nos últimos dias em Ribeirão Preto. No sábado (8), a vítima foi encontrada morta com sinais de espancamento, ao lado de um barraco erguido no canteiro central da Avenida Marechal Costa e Silva, no bairro Vila Elisa.
De acordo com o delegado, o suspeito do crime ainda não foi identificado.
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