terça-feira, 10 de abril de 2012

Mais perto do fim das carceragens da Polícia Civil

Mais perto do fim das carceragens da Polícia Civil


A Polícia Civil do Rio está prestes a ser a primeira do país a não ter mais que cuidar de presos. Com a inauguração da Casa de Custódia de Magé, prevista para ocorrer em 15 dias, serão para lá transferidos os últimos 320 detentos que estão na carceragem de Neves, em São Gonçalo. Deu na coluna de Ancelmo Gois, no GLOBO de hoje.

Aliás, a chefe da Polícia Civil, Marta Rocha, vê com bons olhos a ideia da ONG Rio de Paz de transformar Neves num memorial, com as celas intactas, para receber a visita de estudantes. Em encontro com o líder do Rio de Paz, Antonio Carlos Costa, Marta disse que pensa em instalar lá também um centro de inclusão social dos egressos do sistema penal.
Empenhada em lutar pela redução de homicídios, a ONG Rio de Paz  -- que organizou aqueles protestos diferentes na orla de Copacabana -- fez mais de 50 mutirões sociais de atendimento aos presos de Neves, onde a temperatura chegou no verão a 50 graus, segundo reportagem publicada no GLOBO.
Independentemente da questão dos presos, tirar esse problema das mãos de policiais civis é contribuir de alguma forma para que os agentes se dediquem à atividade principal, que é o trabalho de polícia judiciária -- de investigação para a elucidação de crimes -- além do registro de ocorrências. Apesar de o fim das carceragens deixar tristes aqueles agentes que viviam de propinas de parentes de presos, a grande maioria dos policiais civis vai aplaudir a medida.
-- O fim de carceragens onde os presos se encontravam em condições precárias  é um passo importante para que se aumente a chance de recuperação de criminosos e se reduza a alta taxa de reincidência criminal -- afirma Antonio Carlos, anunciando que, com o fim de Neves, o Rio de Paz vai fazer um  "antiprotesto" homenageando a chefe da Polícia Civil.

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