Familiares de detentos do Complexo Penitenciário Advogado Antônio Jacinto Filho (Compajaf) que estão rebelados desde às 14h de domingo (15), continuam de vigília em frente ao presídio de segurança máxima localizado no bairro Santa Maria, na capital sergipana. Eles temem represálias e aguardam novidades sobre o motim.
De longe, esposas, mães, pais e filhos acenam e gritam na tentativa de dar apoio aos presos. Eles esperam que as reivindicações sejam atendidas e que seus familiares tenham melhor tratamento enquanto cumprem sua dívida com a Justiça.
A mãe de um dos presos, sentenciado a 45 anos de reclusão, levou bancos e sombrinhas e junto com as filhas e netos espera um desfecho pacífico. Ela providenciou leite, café e biscoitos para a espera. O filho dela está preso há sete anos e toda semana a senhora vai ao presídio.
“Esta semana eu não pude ir porque há 15 dias eu forcei muito durante a revista e uma veia perto da minha virilha dilatou e minha perna ficou muito inchada. Por causa disso não posso ficar me abaixando. Quem veio ontem foi o meu ex-marido, mas ele teve a sorte de sair às 11h, antes do começo da rebelião”, conta a senhora que prefere não se identificar.
A mulher diz que em dia de visitação as famílias começam a receber as senhas às 6h30 e só entram por volta das 9h. No local, bebês de poucos meses de idade aguardam impacientes no colo das mães sob o sol. Idosos e crianças também acompanham a movimentação e anseiam por um desfecho pacífico.
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