terça-feira, 3 de agosto de 2010

Rota matou 48% a mais no 1º semestre

DE SÃO PAULO

Os policiais do Batalhão de Choque da PM, unidade que comanda a Rota, mataram 48% mais no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado.
A Corregedoria da PM (órgão fiscalizador) aponta que 31 pessoas foram mortas de janeiro a junho deste ano por PMs do Batalhão de Choque nas chamadas "resistências seguida de morte". Em 2009, foram 21 vítimas.
O Comando-Geral da PM informou que, "dentro da linha de combate à criminalidade, a Rota tem trabalhado em sintonia com o centro de inteligência policial e isso faz com que saiba de mais crimes, cuja pronta resposta pode em mais confrontos".
Dos mortos pela Rota neste ano, o que mais causou alerta na tropa de elite da PM paulista foi aquele contra Fábio Fernandes da Silva, em 17 de maio, na zona leste.
Conhecido como Vampirinho, Silva era do PCC e estava em um carro BMW, acompanhado da ex-mulher de um PM, quando foi surpreendido pela Rota. Silva reagiu e foi morto, segundo a polícia.
Após a morte de Silva, a mulher que o acompanhava foi capturada por criminosos ligados a ele porque uma mala com dinheiro do tráfico de drogas, que estava com o casal, teria sumido.
A mulher passou dois dias refém por suspeita de que ela havia passado informações à Rota. Como isso não foi confirmado, ela foi libertada. (AC)

Já estive em mais de 20 tiroteios, afirma Telhada


DE SÃO PAULO

Com 32 anos de Polícia Militar, o comandante da Rota, tenente-coronel Paulo Adriano Lopes Telhada, 48, diz que esteve em mais de 20 tiroteios, sendo baleado duas vezes.
Alvo de um atentado no último sábado, Telhada também se envolveu em diversas ocorrências que resultaram em mortes.
Em 1996, quando era capitão e comandava uma companhia da PM em Perdizes (zona oeste), ficou seis meses afastado de suas funções para voltar a agir "mais com a razão do que com a emoção".
Na ocasião, liderou PMs em uma ação que resultou na morte de três suspeitos. "Não sei quantos já matei. Quando acontece, medito em casa", disse o evangélico PM, após as mortes.
Em 2008, já tenente-coronel e comandante da PM no centro, ele próprio perseguiu um suspeito de roubar um flat nos Jardins e, ao revidar um tiro, matou o suposto ladrão.

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