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sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Imagens mostram agressão entre jovens em rebelião na Fundação Casa
Cinco adolescentes foram agredidos com socos, barras de ferro e extintor.
Rebelião em Campinas durou cerca de nove horas
Imagens registradas durante a rebelião de internos da Fundação Casa de Campinas, a 93 km de São Paulo, mostram cinco adolescentes feitos reféns sendo agredidos de maneira violenta por outros jovens. A rebelião começou na tarde desta quinta-feira (12) e só terminou nove horas depois, na madrugada desta sexta-feira (13).
As agressões foram feitas quando o helicóptero da Polícia Militar que acompanhava a rebelião se afastou para fazer o reabastecimento. Os internos levaram os cinco reféns para a quadra e começaram a agredi-los com socos, pontapés, barras de ferro e até mesmo um extintor de incêndio.
Durante a madrugada, parentes dos jovens começaram a receber telefonemas dos adolescentes de dentro da unidade. Os internos chegaram até a sala da administração. Mães desesperadas pediam para que seus filhos encerassem a rebelião.
Os jovens agredidos fariam parte de um grupo rival dos agressores. Corregedores da Fundação Casa estão na unidade desde o fim do motim e vão ouvir todos os adolescentes para saber o que motivou a agressão.
Após o fim da rebelião, pouco antes das 4h desta sexta, os cinco reféns foram libertados e levados a um pronto-socorro da região. Eles permaneciam internados na manhã desta sexta, mas segundo a Fundação Casa não correm risco de morte.
Negociações
A Polícia Militar entrou no complexo depois de mais de nove horas de negociações. De acordo com o corregedor-geral da instituição, Jadir Pires de Borba, os internos foram colocados em forma e revistados. Uma sindicância investigará as circunstâncias do motim.
A unidade do Jardim São Vicente tem capacidade para abrigar 72 internos e não está superlotada. Há 65 jovens no local, informou a assessoria de imprensa da instituição. É a quarta rebelião neste ano em unidades da Fundação Casa em Campinas.
No início da rebelião, os internos da unidade queimaram colchões no pátio e na quadra de esportes e quebraram vários postes de luz.
A assessoria de imprensa da Fundação Casa informou que a confusão começou depois que uma tentativa de fuga foi descoberta. Naquele momento, havia informações que os adolescentes entraram em confronto com os funcionários.
A PM interditou as ruas da vizinhança e iniciou uma longa negociação. O helicóptero Águia da PM deu cobertura à operação e só deixou a área por poucos minutos para reabastecimento.
Alguns internos continuaram tentando escalar os muros da unidade, mas foram impedidos pela polícia. Foi preciso ampliar a área de isolamento porque os policiais usaram gás lacrimogênio e gás pimenta, o que provocou irritações nas vias respiratórias de dezenas de pessoas que acompanhavam a movimentação no local. Dois carros do Corpo de Bombeiros também ficaram de prontidão.
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