quinta-feira, 29 de julho de 2010

Tucano promete pacote de segurança, mas não garante ex-secretário de volta ao governo de SP




Ninguém merece Geraldo Alckmin novamente, mas infelizmente o eleitorado de São Paulo não parece incomodado com a hegemonia tucana que fará aniversário de 20 anos.

Até agora, candidato do PSDB ao governo de São Paulo, sequer apresentou um plano de Governo para o Sistema Prisional paulista. Alckmin participou durante sabatina UOL/Folha de S.Paulo, mas foi incapaz de apresentar, uma tese arrojada sobre a real situação por que passa os presídios de São Paulo. O candidato é líder nas pesquisas de intenção de voto em todo o estado. Mas sequer é capaz de se comprometer com uma reforma do Sistema Prisional. Alckmin disse que vai elevar os salários dos policiais e direcionar todos os presos a penitenciárias.


Parece óbvio lembrar que São Paulo precisa urgente de uma reforma no Sistema Penitenciário sob pena de gerar um colapso no numero de vagas. Sabe-se que a população carcerária cresce exponencialmente porque as prisões já não produzem suficientemente medo para limitar a criminalidade. Sabe-se que o sistema penitenciário paulista, vive há décadas uma crise crônica que regularmente assume dimensões agudas, como rebeliões e instabilidades. Em geral, as ações governamentais são voltadas para os problemas mais emergentes, e poucos são os esforços para a construção de políticas de médio e longo prazo que previnam essas instabilidades. Nesse sentido Alckmin é a volta da mesmice em lugar da mudança.

FOLHA OLINE

Tucano promete pacote de segurança, mas não garante ex-secretário de volta ao governo de SP

O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira (29) durante sabatina UOL/Folha de S.Paulo que terá uma série de medidas para aplicar na área da segurança caso seja eleito em outubro. Ele, no entanto, evitou se comprometer com o retorno do polêmico ex-secretário de Segurança Pública de sua gestão, Saulo de Castro Abreu Filho.
O ex-governador, líder nas pesquisas de intenção de voto, disse que vai elevar os salários dos policiais, direcionar todos os presos a penitenciárias, e não cadeias, e integrar o policiamento militar com as guardas municipais paulistas. Alckmin disse ainda que os policiais militares devem trabalhar no máximo oito horas dentro das 36 horas de folga que têm, de forma a elevar o efetivo na rua.
“O Brasil qem 24 homicídios por 100 mil habitantes. O Estado de são Paulo tem 10,7. No Brasil é um quadro epidêmico, e o problema é federal”, afirmou. “Mas em São Paulo podemos melhorar. O Estado de São Paulo vai ser o primeiro do Brasil a não ter cadeia. Ele não vai ter mais preso, vai para a administração penitenciária”, disse.
Alckmin citou o presidenciável José Serra, que deixou o governo paulista há poucos meses, no trato da questão do policiamento. “O Serra está corretíssimo ao dizer que tem que criar o Ministério da Segurança Pública”, afirmou.
Questionado sobre se a polícia de São Paulo é violenta, uma crítica que também ouviu quando foi governador, Alckmin discordou e afirmou que há instrumentos para coibir excessos. Mas evitou garantir o retorno de seu ex-secretário, que tinha uma política de segurança criticada por adversários e ONGs ligadas à área.
“O Saulo fez um grande trabalho. Devemos à garra dele”, disse. “Mas essa coisa de indicar secretário não dá sorte.

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