sexta-feira, 30 de julho de 2010

SABATINA FOLHA GERALDO ALCKMIN


Sistema prisional

O problema não é penitenciária, é cadeia. São Paulo vai ser o primeiro Estado brasileiro a não ter um preso em cadeia. Todos ficarão em centros de detenção provisória, e o delegado vai fazer a sua tarefa de polícia investigativa e judiciária.

Por Erivaldo

Em sabatina Folha/UOL realizada ontem, o tucano não disse absolutamente nada sobre a situações do Presidios do Estado de S. Paulo. Alckmin, apenas limitou-se a dizer que os problemas não são as penitenciaria, mas a cadeia.
Pois bem, já se viu que Alckmin continua muito mal assessorado, visto que não apreendeu com os erros do passado. Quando Geraldo Alckmin fala de cadeia, talvez esteja se referindo a carceragem em delegacia. A verdade é que ninguém disse a ele que isso é apenas uma parte do problema. Na verdade, isso demonstra o grau de desinformação e descaso na qual é tratado o sistema prisional. Os CDPs no qual se refere Alckimin têm ajudado a mitigar o problema, mas, evidentemente, são apenas paliativos, não resolvem o problema. É necessário que se façam uma reforma estrutural no sistema prisional.
Nunca é demais lembra que o sistema penitenciário paulista, vive há décadas uma crise crônica que regularmente assume dimensões agudas, como rebeliões e instabilidades. Há uma falta de estrutura com problemas operacional, organizacional- funcional – diretorias (diversos serviços), despreparam gerencial, falta de investimento na formação gerencia. Enfim, o desempenho se faz ao nível do senso comum, de "passar" conhecimentos de uma geração mais antiga de agentes para os novos que chegam. Portanto, não raro vemos agentes novos imbuídos de algum ideal de trabalho. A verdade é que, a instituição prisional, como qualquer outra instituição pública, procura caminhar no sentido de modernizar seus serviços às exigências de uma realidade social atual propiciando novas idéias, uma à busca por padrões de excelência no atendimento ao preso aos seu familiares e advogados com segurança. Enfim, muitas das questões presentes na crise crônica do sistema penitenciário se reportam à necessidade de um aprimoramento da gestão penitenciária, imprimindo a esse setor um padrão de racionalidade administrativa compatível com a administração moderna, eficaz e eficiente em termos de missão das instituições.

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