sábado, 26 de junho de 2010

Plano de Alckmin diverge do governo Serra

Candidato a governador resgatará marcas de seu mandato abandonadas pelo sucessor


O candidato tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, expõe divergências com a gestão do presidenciável José Serra (PSDB) na elaboração de seu plano de governo que resgatará marcas de seu mandato (2001-06) desidratadas pelo sucessor.
É um movimento inverso ao que Serra promoveu ao assumir o governo pós-Alckmin, quando mudou a estrutura da segurança, extinguiu projetos na educação e reavaliou prioridades nos investimentos em infraestrutura.
A equipe do programa de governo de Alckmin estuda mudanças, principalmente, nas áreas de educação, segurança e infraestrutura.
No até agora maior sinal de descompasso entre os dois tucanos, Alckmin escalou o deputado estadual Paulo Barbosa (PSDB), ex-secretário-adjunto da Educação, para consultar a "comunidade escolar" e subsidiar seu programa de metas.
A escolha de Paulo Barbosa para o estafe alckmista causou mal-estar no grupo de Serra, que o vincula ao ex-secretário Gabriel Chalita, hoje no PSB, considerado "traidor" por ter migrado para a campanha de Dilma Rousseff (PT) ao Planalto.
A Folha apurou que a equipe de Alckmin discorda do modelo de promoção por mérito introduzido por Serra para os 220 mil professores da rede estadual.
O principal ponto de dissonância é o fato de o atual sistema ser fundamentado em uma avaliação anual. Pelo método, só os docentes com melhor desempenho na prova ganham aumento salarial de até 25%. O reajuste é restrito a 20% da categoria.
Alckmistas defendem a revisão no formato, ampliando os critérios de bonificação. Embora nenhum auxiliar admita as diferenças, as diretrizes do plano do tucano são enfáticas. "O professor precisa ser tratado com respeito. Na qualificação, capacitação e questão salarial. Não dá para tratar as coisas isoladamente", diz Paulo Barbosa.
Outro ponto que opõe Alckmin e Serra é a integração escola-comunidade. O candidato ao governo quer expandir o Escola da Família, encolhido por Serra, que reduziu de 5.200 para 2.300 as escolas contempladas.
A movimentação de Alckmin para rediscutir a meritocracia ficou evidenciada em reunião dele com os dirigentes da Secretaria da Educação no mês passado.
"É absurdo aumentar o salário com base em uma provinha. O Alckmin não tem essa cabeça de colocar a culpa no professor", diz Chalita.
Outro nome que volta com força ao grupo de Alckmin é o promotor Saulo de Castro Abreu Filho, ex-secretário da Segurança defenestrado por Serra. Como Alckmin obteve índices melhores na segurança, ele volta prestigiado.
Alckmin também recolocou como prioridades dois projetos que Serra herdou dele e não levou à frente, a duplicação da rodovia dos Tamoios (SP-99) e a ampliação do porto de São Sebastião, para viabilizar o corredor de exportação entre Campinas e o Vale do Paraíba.
Também há no governo discordâncias sobre os novos modelos para concessão de rodovias -o Estado pretende conceder os trechos sul e leste do Rodoanel agora, mas um grupo ligado a Alckmin quer mudanças no edital.

comentario do blog

Ninguém merece! É engraçada esta noticia da Folha, que diz que Geraldo Alckmin, expõe divergências com o ex-governador Zé Serra. Qualquer cidadão paulista bem esclarecido sabe que o bloco Alckimin-Serra, são farinha do mesmo saco. São muitas as semelhanças e pouquíssimas as diferenças Se, há divergências, estas são pouquíssimas.
Na realidade, o governo tucano, nunca gostou do funcionalismo publico. Em especial os da área de segurança publica. Quando questionado sobre as construções de presídios e o os altos preços dos pedágios em São Paulo em entrevista no programa Roda Viva da TV Cultura. O ex-governador Serra se saiu com essa, “Você está apenas retransmitindo o que diz a oposição”, respondeu Serra ao apresentador do programa, Heródoto Barbeiro. “Esse é o trololó petista, que tem muito pouco a falar sobre São Paulo”, completou. Se eleito, o candidato Alckmin, tambem, não fará mudança alguma, uma vez que já governo com o mesmo discurso. São 16 anos de PSDB em SP e os mesmos problemas se repetem todos os anos. Além do ensino ruim, do aumento da violência, o metrô, que é emergencial para São Paulo, praticamente estagnou. No sistema penitenciario os mesmos problema, ou seja, penitenciarias super lotadas, CDPs, ainda por fazer, delegacias que não fucionam. Hoje, no entanto o Sistema Penitenciário não registra tanta fuga como antigamente, mas sua estrutura pouco se modificou nos últimos anos.

O sistema Penitenciário ainda funciona com um pacto pré- administrativo de não agressão entre a secretaria da administração penitenciária e o PCC para evitar que haja rebeliões nas unidades. Hoje o Sistema Penitenciário não possui ninguém de visão e na sua grande maioria alguns dirigentes são muitas vezes apadrinhados e formados por diretores mais velhos. Na área de segurança publica São Paulo precisa urgente reforma de uma reforma no Sistema Penitenciário sob pena de gerar um colapso no numero de vagas. Sabe-se que a população carcerária cresce exponencialmente porque as prisões já não produzem suficientemente medo para limitar a criminalidade. É assustador o crescimento da violencia sem a proteção do Estado.

Um comentário:

Adilson disse...

Esse comentário sobre a reportagem da Folha, foi "curto e grosso", fazia tempo que não via u comentário tão sucinto e tão explicativo, parabens ao blog