SÃO PAULO - Deve terminar nesta quinta-feira o julgamento de três dos quatro acusados de matar o bombeiro João Adalberto da Costa, durante os ataques criminosos de maio de 2006 no estado de São Paulo. Na ação, um segundo bombeiro e um civil que passavam pelo local ficaram feridos. O ataque aconteceu no quartel do Corpo de Bombeiros localizado na Alameda Barão de Piracicaba, no centro de São Paulo, no dia 13 de maio. O julgamento começou no início da tarde desta quarta-feira, no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo.
Os réus são Eduardo Vasconcelos, Alex Cavalheiro e Giuliana Custódio, todos acusados de pertencer à facção criminosa que age dentro e fora dos presídios paulistas. Um quarto acusado do ataque, Lamberto de Carvalho, teve o júri adiado, pois só constituiu advogado na véspera do julgamento. O promotor de Justiça Marcelo Milani, responsável pela acusação, acredita em pena de 60 anos de prisão para cada um dos réus.
O julgamento começou com o depoimento das testemunhas, entre elas o bombeiro que ficou ferido na ação. Ele reconheceu dois dos três réus. Com sala lotada, os acusados foram ouvidos logo em seguida. Alex negou ter participado do crime. Já Eduardo admitiu que dirigia o carro usado na ação. Giuliana é acusada de passar antes do ataque na frente do quartel onde a vítima trabalhava, para sondar o local.
O advogado de um dos réus salientou que não há prova concreta de participação dos acusados no crime.
O bombeiro João Alberto da Costa morreu na semana que ficou conhecida como "a Semana do Terror", período entre 12 e 19 de maio de 2006 em que houve 43 assassinatos de agentes de segurança do estado de São Paulo. Na ocasião, o Ministério Público listou 243 mortes relacionadas à batalha entre a polícia e o crime organizado, iniciada com os ataques organizados por uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios paulistas. Dezenas de postos policiais foram atacados e rebeliões em penitenciárias fizeram diversos reféns. O clima na cidade era de guerra civil. O terror rapidamente começou a se espalhar para os estados vizinhos: os detentos de cinco presídios do Mato Grosso do Sul e de cinco presídios do Paraná também iniciaram violentos motins, declarando serem atos de solidariedade aos bandidos da facção criminosa paulista responsável pela onda de violência.
O caso do bombeiro João Alberto da Costa se tornou o mais emblemático entre as mortes. Ele morreu ao ser atingido por dois disparos, quando estava em frente a um quartel no bairro da Luz, Centro da capital. Na ocasião, a base foi atacada com mais de 50 disparos. Como na maioria dos atentados, os policiais foram surpreendidos pelos ataques.
MP acredita em pena de 60 anos para acusados de matar bombeiro durante onda de ataques em SP
SÃO PAULO - O promotor de Justiça Marcelo Milani acredita que os três acusados de matar o bombeiro João Adalberto da Costa, em 13 de maio de 2006, durante os ataques criminosos no estado de São Paulo, devam ser condenados a 60 anos de prisão. O julgamento de Eduardo Vasconcelos, Alex Cavalheiro e Giuliana Custódio teve início na tarde desta quarta-feira, no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo. Um quarto acusado do ataque, Lamberto de Carvalho, teve o júri adiado, pois só constituiu advogado na véspera do julgamento.
O julgamento começou com o depoimento das testemunhas, entre elas um colega da vítima, também bombeiro, alvejado na ação. Ele reconheceu dois dos três réus. Com sala lotada, os acusados foram ouvidos logo em seguida. Alex negou ter participado do crime. Já Eduardo admitiu que dirigia o carro usado na ação. Giuliana é acusada de passar antes do ataque na frente do quartel onde a vítima trabalhava, na Alameda Barão de Piracicaba, o centro de São Paulo, para sondar o local.
A defesa dos réus tenta desqualificar a acusação. A expectativa é que o júri termine nesta quinta-feira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário