Aumento do piso salarial dos policiais civis, militares e agentes penitenciários foi o tema principal da reunião da Frente Parlamentar de Segurança Pública, que discutiu nesta segunda-feira, 15/3, o Movimento Nacional em Defesa do Policial. O encontro, coordenado pelo deputado Olimpio Gomes (PDT), recebeu representantes do movimento em 19 Estados do país. A mesa foi composta pelo 1º vice-presidente da Casa, Conte Lopes (PTB), o deputado Hamilton Pereira (PT), o deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP), o presidente do Sindicato dos Investigadores de São Paulo, João Rebouças, a vereadora do município de Taubaté, Maria das Graças Oliveira, o major PM José Onério e o coronel PM Ricardo Jacob.
Olimpio Gomes reclamou maiores investimentos por parte do governo para os policiais de São Paulo, que seriam, segundo o parlamentar “os mais massacrados”.
O deputado Arnaldo Faria de Sá, autor da PEC 300, que propõe equiparar os vencimentos das polícias militares e bombeiros militares de todas as unidades da federação, ressaltou a importância da união entre os policiais do país. “É preciso uma junção de forças de forma organizada e constante para lutar pela dignidade”, declarou.
Importância do policial
“É hora de a polícia trabalhar unida”, afirmou o vice-presidente da Casa, deputado Conte Lopes, que lembrou a importância do policial para a sociedade. “Se a polícia não prende, o promotor não denuncia e o juiz não julga”, completou Lopes.
Hamilton Pereira parabenizou os deputados Olimpio Gomes e Conte Lopes pela luta em defesa da segurança pública, e questionou o PLC 13/2010, encaminhado pelo governador à Casa, que propõe a incorporação do Adicional Local de Exercício (ALE), lembrando que o pagamento total desse adicional levará cinco anos. O deputado é o autor de emendas que propõem a correção e a incorporação imediata dos salários dos policiais civis e militares.
Policial da reserva da PM paulista e ex-prefeito de Indaiatuba, o major José Onório também destacou a união como a principal força para obter melhorias para a classe policial.
Para João Rebouças, a diferença salarial entre policiais de diferentes regiões é injusta e reflete, segundo ele, insensibilidade por parte dos governos. O presidente do sindicato dos investigadores considerou fundamental o papel dos parlamentares para o aprimoramento das propostas que chegam à Assembleia em defesa da classe policial.
Jânio Bosco Gandra enumerou cinco principais mudanças, segundo ele, para a categoria: a padronização da polícia, a aposentadoria de policiais e agentes penitenciários, a carreira única e a criação do piso salarial nacional e da Lei Geral da Polícia. Gandra também comentou os impostos cobrados da população e declarou: “Valorizar o policial é respeitar o contribuinte”.
Representantes de entidades de diversas cidades expuseram suas opiniões sobre os assuntos abordados durante a reunião e destacaram como elementos principais a incorporação imediata do ALE, o poder da Assembleia com relação à mudanças nas propostas encaminhadas, a privatização policial em algumas regiões do país e a importância da dignidade salarial para a atividade policial.
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