Cento e vinte e três presas. Esse é o número de detentas que ocupam as cinco celas da superlotada cadeia de Batatais, transformada em prisão feminina no ano passado. O principal problema é que o local tem capacidade para somente 21 detentas.
A Folha conseguiu entrar em contato com uma das detentas da cadeia, que disse que o local é "um depósito de presas". De 20 a 25 presas ocupam celas com espaço para não mais do que dez, relatou a detenta, que cumpre pena de sete anos por tráfico.
Essa situação vem se agravando há seis meses, segundo ela, que disse ainda que há superlotação porque há mulheres que estão na cadeia indevidamente -por causa de penas vencidas ou por já terem condições de entrar no regime de semiliberdade.
Há casos, ainda segundo ela, de mulheres que estão presas há mais de um ano sem terem comparecido a nenhuma audiência na Justiça. As consequências são, segundo ela, corredores e cozinhas transformadas em dormitórios, duas delas dividindo o mesmo colchão. Ela ainda relatou o que considera "descasos" da gestão prisional, como falta de atendimento médico a grávidas e doentes e infestação por sarna e piolho.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública confirma a superlotação. Disse ainda que não há planos da pasta para a abertura de novas cadeias femininas na região e que a meta é desativar gradativamente as cadeias públicas e as carceragens de responsabilidade da pasta, transferindo-as para a SAP (Secretaria de Estado da Administração Penitenciária).
A SAP informou que até o final de 2011 oito novas unidades femininas serão construídas no Estado, abrindo 6.000 vagas. Uma dessas é a Penitenciária Feminina de Guariba, com capacidade para 768 presas. O custo é de cerca de R$ 45 milhões.
Um comentário:
Acho justo que ele receba o benefício,afinal ele tem uma familia(agora uma esposa também)e merece recomeçar.Fui muito próxima dele por longos anos,conheço o que ele pensa e esse olhar que ora condena e hora absorve,me diz agora que ele está pronto,recuperado.Espero que seja feliz.
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