quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Condenado a 103 anos, cabo Bruno passa para semiaberto


Ex-PM, preso há 18 anos, receberá benefício de passar só as noites na prisão

A Justiça de São Paulo decidiu ontem que Florisvaldo de Oliveira, 50, mais conhecido como cabo Bruno, ex-policial militar condenado a 103 anos de prisão por homicídios, cumprirá o restante de sua pena em regime semiaberto -no qual só passará a noite na prisão.
Preso há 18 anos, e atualmente cumprindo pena na penitenciária 2 de Tremembé, cabo Bruno foi acusado de, nos anos 1980, chefiar um grupo de extermínio na zona sul de São Paulo, contando com o apoio de comerciantes da região, que lhe pagavam para ter proteção.
A direção do presídio tem prazo de até uma semana para fazer a transferência. A sentença é da juíza Sueli Armani de Menezes, da 1ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté.
A manifestação da Promotoria levou em consideração que o ex-PM nunca cometeu uma falta grave enquanto esteve preso, além de trabalhar e ser um dos capelães do presídio.
Contudo, Bruno fugiu três vezes do presídio militar. Além de já ter cumprido um sexto de sua pena e ter bom comportamento prisional, Bruno teve o resultado de seu exame criminológico -que avalia se o preso tem condições de conviver em sociedade- amplamente favorável à progressão de regime, segundo a Folha apurou.

Casamento
Hoje evangélico, o ex-policial militar se casou em julho do ano passado com Dayse França, moradora de Pindamonhangaba (156 km de São Paulo) que fazia serviço voluntário de evangelização na penitenciária de Tremembé.
Em entrevista concedida à Folha em novembro de 1991, cabo Bruno disse nunca ter matado ninguém. Sobre um depoimento à imprensa em que admitiu ter participado de mais de 50 homicídios, afirmou que o caso foi uma invenção, pela qual recebeu dinheiro e um texto pronto

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