sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

TRAFICO

PF tenta desmontar tráfico de drogas usado pelo PCC
Policiais cumprem 52 mandados de prisão e 73 de apreensão em 29 municípios

Solange Spigliatti - estadao.com.br
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SÃO PAULO - A Polícia Federal desencadeou nesta sexta-feira, 12, nos Estados de Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Maranhão, Minas Gerais, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal, a Operação Aracne, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de cocaína.


De acordo com as investigações, a maior parte da droga que entrava no país tinha como destinatário o Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo a PF.



Cerca de 400 policiais federais cumprem, em 29 municípios, 52 mandados de prisão preventiva e 73 mandados de busca e apreensão, ordens judiciais expedidas pelo Juízo da 5ª Vara Federal, Seção Judiciária de Mato Grosso, em atendimento a uma solicitação realizada pela Polícia Federal.



A investigação, iniciada em setembro de 2007, desmontou um esquema voltado ao tráfico de pasta base de cocaína, que era fornecida à organização criminosa por dois cartéis de narcotraficantes bolivianos, os quais enviavam a droga para o Brasil com a utilização de aeronaves.



A substância era armazenada em diversas fazendas localizadas nos municípios de Campo Novo do Parecis, Tangará da Serra e Nova Maringá, todas em Mato Grosso, onde funcionavam como entrepostos de cocaína, e, posteriormente, redistribuída, com a utilização de caminhões, para cinco núcleos criminosos que atuavam nos Estados de Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Maranhão, Minas Gerais e no Distrito Federal.



A última fase consistia na realização de operações de lavagem de dinheiro, inclusive, com a utilização de grande número de laranjas. Alguns dos investigados praticavam, ainda, evasão de divisas, segundo a PF.



Durante as investigações, dez pessoas foram presas em flagrante, além da prisão de outros 17 investigados e apreensão de, aproximadamente, três toneladas de pasta base de cocaína.



Segundo a PF, nos últimos nove meses o grupo conseguiu efetuar a entrega de, no mínimo, 15 toneladas de pasta base de cocaína, sobretudo no Estado de São Paulo.



Além das prisões e buscas, a Justiça, a pedido da Polícia Federal, decretou o afastamento dos sigilos bancário e fiscal dos investigados, bem como o seqüestro e indisponibilidade dos seus bens, direitos e valores (imóveis urbanos e rurais, empresas, aeronaves, automóveis, saldos de contas bancárias, dinheiro em espécie, jóias, etc.).

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