Exatamente 60 anos depois da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos, dirigentes da ONU, políticos e ativistas são unânimes na avaliação: as promessas contidas no documento ainda estão longe de se tornar realidade para grande parte da população do planeta.
A declaração foi adotada pela ONU em 10 de dezembro de 1948, no rastro da Segunda Guerra Mundial, e aponta os direitos e liberdades que devem ser aplicados a todas as pessoas do mundo. Ela se tornou a base de grande parte do direito internacional e serve de apoio legal para ações da ONU contra violadores dos direitos humanos.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que a declaração é tão necessária hoje quanto era em 1948. "Os desafios que enfrentamos hoje são tão grandes quanto os enfrentados pelos autores da declaração", disse ele. O mundo sofre "uma emergência alimentar e uma crise financeira global" e "ainda há repressão política em muitos países", acrescentou Ban.
"Como sempre, os mais vulneráveis estão nas linhas de frente da dificuldade e do abuso", disse o secretário-geral, pedindo que os privilegiados não ignorem as violações dos direitos humanos. "Os efeitos em cascata do abuso e da indiferença podem acabar afetando o planeta inteiro."
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