quinta-feira, 15 de novembro de 2012

SIFUSPESP exige retratação da Rede Globo





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Declarações do jornalista Chico Pinheiro causam repúdio na categoria
As declarações do jornalista Chico Pinheiro, do telejornal Bom Dia Brasil, da Rede Globo, causou repudia dentro da categoria dos servidores penitenciários. O jornalista no Chico Pinheiro durante comentário sobre a violência em São Paulo, disse que o uso de celulares dentro do presídio por lideres de facção só é possível com a conivência dos agentes penitenciários.  
Na mesma matéria o comentarista de segurança do telejornal,  Diógenes Lucca, ratificou as palavras do jornalista. Segundo Lucca, não há dúvida de que há conivência dos agentes penitenciários.
Nos últimos anos, apareceram na imprensa muitos "peritos" no sistema prisional tentando passar a impressão de realmente conhecem essa realidade e, de certa forma querendo amenizar a responsabilidade do governo do estado-  jogando nas costas dos trabalhadores as mazelas deste sistema desumano.
"O SIFUSPESP está oficiando à Rede Globo retratação do jornalista Chico Pinheiro, pois a falta de conhecimento sobre a superlotação e a falta de funcionários que impossibilita que nós agentes penitenciários possamos realizar nosso trabalho não dá o direito de ninguém denegrir a imagem da nossa categoria", disse o presidente da entidade João Rinaldo Machado.


COMENTÁRIO DO BLOG
Incrível que um jornal com a envergadura da tv Globo venha com essa bobagem e suspeita de que o uso de celulares nos presidio só é possível com a conivência dos agentes penitenciários.  
O que esta acontecendo hoje em São Paulo é muito simples: a violência aumentou porque o número de criminosos aumentou, toda essa crise é fruto chamada simbiose entre o Estado e as facções criminosas que atuam no interior dos presídios.  O PCC se tornou um estado paralelo dentro da Penitenciaria, simplesmente porque o estado fabrica bandidos em vez de recupera-los. “O sistema prisional do Estado (de São Paulo) não tem condições de  recupera ninguém. “O Estado vendeu o preso, e o PCC o comprou”.
Portanto, para que não haja mais crise de segurança em São Paulo, é imprescindível que o estado pare de fabrica-los Mas como para de fabrica-los?
Ora, isso é muito simples! Basta  desmanchar a parceria entre o PCC e o estado acabando com essa parceria nefasta.
Jornaloes como o Globo deveria ouvir mais a opinião de gente como a doutora em sociologia e pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da USP, Camila Nunes, leiam  Karina Biondi, antropóloga e autora do livro “Junto e Misturado
Ao longo dos quase dezenove anos de Governo tucano, o PCC se tornou mais forte, e o estado de São Paulo ficou cada vez mais fraco; não foi o PCC  que se tornou mais organizado e mais experiente; foi o Estado de São Paulo que deixou de fazer sua parte.
Em vez de se aperfeiçoarem os mecanismos de gestão nas prisões, desenvolver o  papel de protagonista,  o Estado de São Paulo, cooptou lideranças negativas  de diversos perfis criminosos. Uma clientela cada dia mais jovem que, ao contrário dos antigos candeeiros, não irão respeitar, em alguns momentos, os códigos tradicionais que gerem a vida no interior das unidades.

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