Por José Erivaldo.
Muitos especialistas em segurança pública aprovam e elogiam
a ocupação da Favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo.
No entanto, esquecem que os crimes em São Paulo não se
articulam nas minúsculas favelas, esconderijo de ladroes, biqueira ou bocas de fumo.
Atualmente, a cidade de São Paulo concentra a maior quantia
de favelas do Brasil, mas compara-la com morros carioca na geografia do crime é burrice.
Ao contrario do Rj São Paulo não tem Favelas para
“pacificar” Há uma diferença entre o modo de agir do crime organizado do Rio de
Janeiro e de São Paulo.
No Rio, o tráfico é favorecido pela geografia da cidade,
dominando os morros cariocas, onde até pouco tempo a policia não entrava. Em SP,
o tráfico domina apenas alguns locais, já identificados pela polícia e aos quais
as forças de segurança têm acesso.
Grandes partes dos crimes se articulam nas prisões, O seja,
seu funcionamento se dá no ambiente
carcerário, nas Penitenciarias e CDPs. Enfim, boa parte dos quadros do PCC vem
do ambiente prisional de São Paulo.
Portanto, caos não se instala de uma hora para outra. O
processo é por vezes lento, contínuo e silencioso. No Estado de São Paulo não
foi diferente.
Os equívocos, propositais ou decorrentes da incompetência,
vêm há muitos anos com a escolha de pessoas sem o conhecimento exigido para chefiar
a segurança pública e a Administração Penitenciária.
Ao longo dos quase dezenove anos de Governo tucano, o PCC se
tornou mais forte, e o estado ficou mais fraco; não foi o PCC que se tornou mais organizado.; foi o Estado
que deixou de fazer sua parte. Em vez de se aperfeiçoarem os mecanismos de
gerenciamento desses presos.
Ou seja, foram anos de abandono, de praticas viciadas de corrupção de abando da
justiça. O crime hoje está nas ruas de São Paulo, porque o PCC compra, por exemplo, o preso.
Daí porque alguns jornalistas como Clóvis Rossi da Folha, já
falam que o Estado de São Paulo caminha para “mexicanização” da violência.
Enfim, foi à incompetência de Geraldo Alckmin fez com que o
Estado de São Paulo caísse nas mãos do crime organizado.
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