domingo, 30 de setembro de 2012

É lamentável, mas duvido que o governo Federal tenha algum plano “B” para combater o crime organizado nos Modus operandi do PCC.

Governo federal vê embate Rota-PCC

Resposta da facção criminosa a ações do batalhão faz SP ter alerta para crises elevado; secretário de Segurança contesta relatório
Do DefesaNet
O sistema de monitoramento de crises do governo federal aumentou o alerta para São Paulo por causa das ações recentes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Um relatório especial feito pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que abastece o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ligado à Presidência da República, mostra que a situação, ruim há alguns meses, tende a se agravar em razão da resposta do grupo às ações das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). O governo de São Paulo nega.
Acuado pela ofensiva policial, o comando do PCC teria determinado que seja aplicada no Estado a "cláusula 18": "Vida se paga com vida e sangue se paga com sangue". Para cada membro da facção morto, um policial deve ser assassinado. A morte do soldado André Peres de Carvalho, do 1.º Batalhão de Choque (Rota), na capital, teria sido recebida ontem pelo PCC como uma "vitória". Pela primeira vez, o grupo teria conseguido atingir a unidade.
A contabilidade mortal do PCC também incluiu a execução de Florisvaldo de Oliveira, de 53 anos, o Cabo Bruno, no mesmo dia, no interior do Estado. Líder de um grupo de extermínio nos anos 1980, estava livre havia 34 dias e seria um símbolo para o PCC. Informações da Abin mostram que o grupo teria se fortalecido nos últimos seis anos, depois de uma relativa "paz" desde os ataques a São Paulo, em maio de 2006.
Mesmo com alguns líderes presos, o PCC se reorganizou. Recentemente, no entanto, a Rota iniciou um trabalho próprio de inteligência que começa a chegar perto do PCC. Informações atribuídas a denúncias anônimas - como a do "tribunal" estourado há duas semanas, em que nove pessoas foram mortas - teriam vindo desse trabalho.
O secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, contesta o documento. "Fico indignado. São notícias sem fundamento. A Abin não monitora presídios e não mantém contato com a inteligência do Estado. Não monitora nem as fronteiras para coibir a entrada de armas e drogas." Ele acusou a agência de, no período pré-eleitoral, servir a interesses político-partidários.
Comando. Com o grupo caçado pela Rota, a ordem de usar a "cláusula 18" teria vindo diretamente de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do PCC preso na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau. A instrução aos criminosos é observar o cotidiano de policiais, para conhecer seus hábitos e fazer a execução durante a folga - de preferência, na frente da família.
Dados da PM de São Paulo mostram que o número de policiais mortos neste ano é 40% maior do que no mesmo período de 2011. A preocupação do governo federal é que a crise se intensifique em São Paulo e se espalhe. As informações da Abin são de que o PCC se armou e se expandiu nos últimos anos. Apesar de concentrar as ações em São Paulo, ele teria associações com criminosos em diversos Estados, especialmente nas fronteiras com o Paraguai e a Bolívia. / COLABOROU MARCELO GODOY

OPINIÃO DO BLOG



Essa desenvoltura do crime organizado que se consolidou dentro do sistema carcerário paulista e caminha a passos largos no Brasil, talvez será uns dos maiores problema de segurança Pulica daqui a alguns anos. Será a mexicanização do trafico de droga e do trafico de arma. É uma pena que o governo Federal ainda não atentou para esse problema.
É lamentável, mas duvido que o governo Federal  tenha algum plano “B” para combater o crime organizado nos Modus operandi do PCC.

Infelizmente, há que se concordar com Ferreira Pinto, ou seja, a ABIN não monitora presídios e não mantém contato com a inteligência do Estado. A cada ano o PCC torna-se um câncer que se se alastra para o resto do Brasil. Hoje se tornou muito comum nos noticiários fora do eixo Rio-São Paulo a noticia que foram presos integrantes de quadrilha ligada ao Comando da Capital (PCC), grupo criminoso de São Paulo. É verdade que este grupo é uma máfia no estilo camorra, e somente será combatida à altura com códigos penal e processual penal decente, investigação e, sobretudo inteligência policial. Somando-se a isso, políticas carcerárias reformadoras, estruturar e entalações adequadas, separação e triagem dos presos mais perigos. Enfim, agentes penitenciários muito bem treinados.

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