segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Polícia investiga assassinato de delegado na capital paulista

Testemunhas viram quatro homens armados cercando a vítima, mas ainda não está claro se foi um assalto seguido de morte ou um crime por encomenda. Ele investigava quadrilhas de traficantes de drogas.

Patrícia Taufer São Paulo, SP
Em São Paulo, um delegado foi mortos a tiros na zona oeste da capital. Testemunhas viram quatro homens armados cercando a vítima, mas ainda não está claro se foi um assalto seguido de morte ou um crime por encomenda.
O que se sabe: o delegado investigava quadrilhas de traficantes de drogas. Essa quadrilha atuava na Grande São Paulo, na cidade de Guarulhos. Mas, a polícia ainda não faz ligações entre essa investigação e o assassinato do delegado. O crime aconteceu em uma das avenidas mais movimentadas de São Paulo, a Marginal Tietê.
As imagens das câmeras de segurança de uma loja de material de construção podem ajudar a polícia a descobrir quem matou o delegado Paulo Pereira de Paula, de 49 anos. Ele foi assassinado no sábado (4) à noite, enquanto pilotava uma moto na Marginal Tietê, na Zona Oeste da capital.
Uma testemunha contou à polícia que quatro homens em duas motos cercaram o delegado. Em seguida atiraram e fugiram sem levar nada. O delegado levou dois tiros: um no rosto e outro no abdômen.
Paulo Pereira de Paula era delegado da DISE, delegacia que investiga o tráfico de drogas em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo. Em um primeiro momento, a polícia não acredita que o crime tenha relação com o trabalho dele. A suspeita é que os bandidos queriam roubar a moto que ele pilotava.
“Ele transitava em uma motocicleta bastante cobiçada por ladrões, em um local de concentração de ladrões especializados no roubo de motocicletas. Em um primeiro momento se conduz para a prática do crime de latrocínio”, explica o irmão do delegado, José Eduardo Pereira de Paula.
A arma do delegado foi encontrada no bolso da jaqueta dele. O celular e a carteira do policial também foram localizados. Segundo o boletim de ocorrência, os funcionários da loja de material de construção disseram que minutos depois do assassinato, quatro homens em duas motos entraram no estacionamento. A polícia vai investigar se eles têm envolvimento com o caso.
No ano passado, o delegado que foi assassinado prendeu uma das principais quadrilhas de roubo a caixas eletrônicos que agia na Grande São Paulo e no litoral do estado. O delegado foi velado e enterrado em Bonfim Paulista, no interior de São Paulo, onde mora a família.

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