sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Presos chegam para julgamento no Fórum de Mairinque, SP


Trinta e oito suspeitos de tráfico presos em 2011 serão julgados.
Polícia restringiu acesso à região do Fórum.


Reús chegam para julgamento em Mairinque, SP (Foto: Mayco Geretti / G1)Reús acenam para familiares antes de julgamento em Mairinque, SP (Foto: Mayco Geretti / G1)
Mais de cinquenta policiais, incluindo a Tropa de Choque, estão envolvidos na chegada dos 38 suspeitos de tráfico de entorpecentes que serão julgados nesta sexta-feira (10) no Fórum deMairinque, no interior de São Paulo. Fortemente armados, eles cercam o prédio e faixas são usadas para restringir o acesso do público. A previsão era para que o julgamento começasse a partir das nove horas desta manhã, mas o caminhão com os primeiros detentos só chegou depois das 10 horas.
Os 38 réus já estavam presos mediante mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça de Mairinque. Eles foram presos entre maio e dezembro de 2011 em Mairinque, São Paulo e na região de Sorocaba, também no interior do estado.
Segundo a investigação da polícia, a quadrilha pretendia formar um cartel das drogas ao longo das cidades cortadas pela rodovia Raposo Tavares.
Como os réus integram uma facção criminosa que age dentro e fora dos presídios e entre os presos há lideranças do grupo criminoso, as autoridades temem que possa haver uma tentativa de resgate de presos planejada pelo crime organizado.

Entenda o caso
 Ao todo foram presas 50 pessoas. Além das 38 que serão julgadas nesta sexta-feira, outras 12 réus serão ouvidas em audiência que será realizada na próxima semana. O titular da Delegacia de Investigações Gerais de Sorocaba, José Urban Filho, afirma que este julgamento é um dos maiores do estado de São Paulo em termo de réus presos. "No total a investigação detectou 53 envolvidos e, destes, 50 já estão presos preventivamente".
Segundo o delegado titular do município, Alexandre Cassola, no começo da investigação foram mapeados sete telefones celulares de integrantes-chave do bando. O monitoramento permitiu à Polícia Civil entender o organograma de poder da organização, além de realizar as prisões em série. "
A Justiça de Mairinque expediu mandatos de prisão preventiva para todos os envolvidos. Algum integrante que não tenha sido mapeado pode eventualmente criar uma nova célula de tráfico, porém esta movimentação não acontecerá rapidamente, mesmo porque os cérebros da quadrilha hoje estão atrás das grades", explica o delegado
.

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