sábado, 11 de fevereiro de 2012

ISSO É QUE VIAJAR NA MAIONESE! .....

Do Blog

Dessa vez o Estadao estrapolou na reportagem, pois a supervalorização indevida do poder dos jornalões, muitas vezes, provoca uma avaliação equivocada da realidade. Os policiais paulista não foram atendidos em absolutamente em NADA! Ou seja, até onde se sabe nenhumas reivindicações antigas das Polícias Civil e Militar ou mesmo dos agentes Penitenciários ja mais foram atendidas. Infelizmente não, há perspectiva de aumento salarial para nehhum cargo na seguranca Publica no Estado de Sao Paulo.


Enfim, o blog reproduz abaixo a reportagem do ESTADAO

SP distribui agrados para 'acalmar' policiais



Marcelo Godoy, de O Estado de S. Paulo


Em silêncio, o governo de São Paulo manobrou durante o ano de 2011 para esvaziar a ameaça de greve na polícia no Estado. Reivindicações antigas das Polícias Civil e Militar foram atendidas sem alarde, como o reconhecimento como carreira jurídica para os delegados e a promoção ao posto imediato em caso de aposentadoria para os policiais militares. Outras promessas estão a caminho. E assim as principais lideranças das polícias são hoje contrárias à greve.
"Não há perspectiva de ruptura com o governo, mais pelo que a polícia pode conquistar do que pelo que já nos foi dado", disse a delegada Marilda Aparecida Pansonato Pinheiro. Marilda comandou a greve de 2008 da Polícia Civil, quando os civis e militares se enfrentaram na frente do Palácio dos Bandeirantes.
Marilda derrotou o ex-delegado-geral Domingos de Paulo Neto e se elegeu presidente da Associação de Delegados da Polícia Civil. "Demos um voto de confiança ao governador Geraldo Alckmin, que tem mantido um diálogo respeitoso com a gente."
Entre os coronéis da Polícia Militar ninguém acredita que a onda de greves chegue a São Paulo. "Está tudo calmo. O que mais nos preocupa aqui é quem será o novo comandante", afirmou um coronel da PM ouvido pelo Estado – o atual comandante, o coronel Alvaro Camilo, vai para a reserva em maio.
Briga
O que também preocupa os oficiais no Estado Maior da corporação: o futuro da Operação Delegada. Eles temem que uma briga política de Alckmin com o prefeito Gilberto Kassab (PSD) paralise a ampliação da operação. Um temor que, segundo o secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, é injustificado. "Trata-se de uma experiência vitoriosa", afirmou.
Mais de uma centena de municípios do Estado quer seguir o exemplo de São Paulo e pagar um salário extra aos PMs para usá-los no combate ao comércio clandestino dos camelôs. Os prefeitos creem que manter mais tempo os PMs nas ruas pode reduzir em até 60% os crimes.
Como recebem quase um salário a mais pelo bico extra, a Operação Delegada também ajuda a diminuir as pressões por aumento salarial – Kassab reservou R$ 150 milhões no orçamento de 2012 para pagar PMs empregados na operação. Recentemente, o Comando-Geral enviou ao Palácio dos Bandeirantes uma lista com mais seis cidades para onde a operação pode ser expandida.
Para Ferreira Pinto, além da Operação Delegada, o aumento de 27% concedido aos policiais, a incorporação parcelada aos salários da gratificação de local de trabalho e as promoções dos policiais que ocupavam os postos mais baixos também ajudam a explicar por que "em São Paulo, a situação é de absoluta calma".
Quando foi confirmado pelo governador Alckmin como secretário – Ferreira Pinto estava no cargo desde março de 2009, ainda na gestão de José Serra (PSDB) –, uma de suas maiores preocupações era desarmar a bomba das reivindicações salarias das duas polícias. Serra chegou a ser vaiado na formatura de novos alunos oficiais na Academia da PM e enfrentou uma das maiores crises de seu governo na greve da Polícia Civil de 2008. Por enquanto, as concessões conseguiram evitar nova paralisação.

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