Presídios estão com 70% acima da capacidade na região noroeste
No Estado, número da população carcerária quase triplicou em 10 anos.
Brasil só perde para Estados Unidos e China na quantidade de presos.
O Brasil é o terceiro país do mundo em quantidade de presos, perdendo apenas para os Estados Unidos e China. No estado de São Paulo, o número da população carcerária quase triplicou nos últimos dez anos. Na região de Araçatuba, a situação não é muito diferente. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), a quantidade de presos da região está 70% acima do permitido.
Aumento da criminalidade, lentidão da Justiça e falta de estrutura física estão entre as principais causas da superlotação nas penitenciárias do noroeste paulista. A região de Araçatuba é a que tem o maior número de pessoas cumprindo pena em regime fechado de todo interior paulista, passando dos 10 mil presos. Só para citar um exemplo, em Valparaíso, juntos, o Centro de Progressão e a Penitenciária de Valparaíso têm capacidade para 1.464 presos, mas atualmente estão com 2.228.
Em Andradina, a estrutura da penitenciária deveria abrigar 790 presos, mas tem quase 1,4 mil.
Os três presídios de Lavínia comportam 2,3 mil detentos, porém estão com 3,8 mil detentos./
As duas penitenciárias de Mirandópolis têm capacidade para 1,6 mil presos, no entanto, abrigam 2.076. Os Centros de Ressocialização de Araçatuba e Birigui deveriam ter 100 presos, mas tem 140.
A superlotação dos presídios reflete também no Judiciário. Para cada preso são, pelo menos, três processos. Só o Fórum de Araçatuba acumula cerca de 30 mil casos, que ficam a cargo de 30 funcionários.
O acúmulo de trabalho chega também à Defensoria Pública. São quatro profissionais para visitar 22 unidades entre penitenciárias, cadeias e Centros de Ressocialização. Cada lugar é visitado apenas uma vez por ano.
De acordo com a SAP, em 10 anos o número de presos cresceu 160% em todo Estado, saltando de 67.600 mil para 174 mil. Já o número vagas em presídios, de juízes e de defensores públicos continuou o mesmo.
Em nota, a SAP afirmou que R$ 1,5 bilhão estão sendo investidos na construção de 49 presídios. Os novos prédios devem abrir mais 39 mil vagas.
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