Dayanne Sousa
Juiz da 1ª Vara da Família do Tatuapé, Alberto Amorim Micheli foi afastado do cargo pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, por causa de ligações com o crime organizado. A informação foi publicada no jornal Tribuna do Direito e confirmada pelo Tribunal, nesta terça-feira (14), em consulta de Terra Magazine.
A reportagem cita possíveis relações da ex-mulher de Micheli, a advogada Suzana Miller Volpini, com pessoas suspeitas de fazerem parte do Primeiro Comando da Capital (PCC). O Ministério Público denunciou Suzana por formação de quadrilha e falsidade ideológica.
No texto da denúncia, o procurador afirma que Suzana cobrava para atender a pedidos de detentos. "A paciente, segundo a peça acusatória, teria sido cooptada pelo bando, de cujos interessados, individualmente, ou da própria organização criminosa, receberia honorários."
No caso contra Micheli, o Judiciário investiga se o juiz foi beneficiado pelas atividades ilícitas de que é acusada Suzana.
Há no TJ de São Paulo um processo contra Micheli por Exceção de Suspeição, que significa pedido de afastamento por considerar que o juiz não está hábil a exercer suas tarefas como, por exemplo, quando há fatos que podem prejudicar a sua imparcialidade. O processo, porém, corre em segredo de Justiça.
Já Suzana obteve na Justiça o trancamento da ação em que respondia por formação de quadrilha. Em março, tentou impedir também o prosseguimento da ação por falsidade ideológica, mas não obteve sucesso. Segundo o Ministério Público, ela teria praticado falsidade ideológica ao usar o nome de solteira para entrar num presídio como amante de um detento quando ainda era casada com Micheli.
Um comentário:
Esse não é o primeiro nem será o ultimo. Nós do Sistema Prisional Paulista sabemos que têm muita gente "grossa" envolvida com o crime organizado e demoru para fazerem alguma coisa. Quem sabe se começando com um Magistrado não melhore!
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