Entre os presos, acusados de manter uma empresa de segurança patrimonial, um é o responsável por delegacia seccional
Segundo a PF, policiais coagiam clientes, entre eles um asilo e uma unidade da Apae da região Sorocaba, ao oferecer o serviço
AFONSO BENITES
DA REPORTAGEM LOCAL
Três delegados e um escrivão da Polícia Civil de São Paulo foram presos ontem sob a suspeita de usarem uma empresa de segurança patrimonial para achacar entidades e fraudar licitações em seis municípios da região de Sorocaba.
Os presos foram o delegado seccional de Itapetininga, José Antonio Vieira Ramos, e os dois responsáveis pelo setor de investigações da região, os delegados Alexandre César Costa Vianna e Ivan Scott. O escrivão não teve o nome divulgado.
O secretário municipal de Cultura e Turismo de Itapetininga, Fábio Regino Sacco, também detido, foi liberado ontem depois de prestar depoimento. O advogado dos policiais, Wanderley Jubran, foi procurado pela Folha, mas não respondeu aos recados deixados pela reportagem.
A operação foi coordenada pela Polícia Federal e pelo Gaeco de Sorocaba (grupo do Ministério Público que investiga o crime organizado). A Corregedoria da Polícia Civil também participou da ação, que terminou com 14 presos.
Após seis meses de investigações, a PF concluiu que os delegados Vianna e Scott eram os sócios da empresa de segurança Itapê Security com o escrivão. Por lei, policiais não podem ter empresas de vigilância.
De acordo com o superintendente da PF em São Paulo, Leandro Daiello Coimbra, as investigações apontam indícios de fraudes da empresa em contratos firmados com as prefeituras de Itapetininga, Cerquilho, Tatuí, Quadra, São Miguel Arcanjo e Alambari.
Segundo a Polícia Federal, os policiais faziam contato com o responsável por um evento e o coagiam a contratar a Itapê Security. Os policiais diziam que ela era a única empresa com autorização da PF na região.
Entre as vítimas dessas extorsões estão uma unidade da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e um asilo de Itapetininga.
outro lado
Advogado de delegados não fala sobre o caso
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado Wanderley Jubran, defensor dos delegados José Antonio Vieira Ramos, Alexandre César Costa Vianna e Ivan Scott, não respondeu aos recados deixados pela Folha.
A Secretaria da Segurança Pública enviou nota à PF dizendo que deu suporte à ação e que vai investigar os envolvidos internamente.
Funcionários da Itapê Security disseram que não podiam se manifestar em nome da empresa.
As seis prefeituras que foram alvos da operação da PF disseram que estão colaborando com as investigações.
Um comentário:
É INCLIVEL COMO PRENDE tres DELEGADOS DE POLICIA CIVIL EM ITAPETININGA E NA CIDADE DE SARAPUI QUE ANTES ERA CIDADE DA PAZ. HOJE E COMANDADA POR 2 AGENTES POLICIAIS QUE NÃO FAZEM NADA E AINDA DÃO COBERTURA PARA DIVERSOS TRAFICANTES. COMO DANILO PRETO EX PRESIDIARIO. ARNALDO EX PRESIDIARIO E RAFAEL HOLTZ. O AGENTE POLICIAL MARCELO ALCAZAR E ENIO TEM EM TUA CHÁCARA UM ARCENARIO DE ARMAS E UM LABORATORIO DE DROGAS E NOTAS FALSAS. CHÁCARA ALCAZAR AVALIADA EM 5 MILHÕES, CONTENDO MAIS DE 10 CÃES DA RAÇA ROTEVALLER. AONDE IRA PARAR ESTA CIDADE DA PAZ COM ESTA QUADRILHA AGINDO DESTA MANEIRA E OUTRA FORA DO EXPEDIENTE O DOUTOR MARCELO AINDA SAI PELAS RUAS E BARES BEBENDO COM A VIATURA DA DELEGACIA . QUE VERGONHA PARA O MUNICIPIO DE SARAPUI.IMAGINA UM AGENTE QUE TEM HELICOPETERO CAMINHONETES E CARROS IMPORTADOS E HONESTO.DINHEIRO LIMPO. ACHO QUE NÃO.
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