O secretário de Estado da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, disse em reportagem publicada na Folha deste sábado que não tem dúvidas de que a morte do motoboy Eduardo Luís Pinheiro dos Santos, 30, no último dia 9, na zona norte de São Paulo, foi resultado das torturas que ele sofreu de policiais militares.
A reportagem está disponível para assinantes de jornal e do UOL.
"Não temos dúvida alguma de que ele sofreu tortura, e que foi a tortura que levou o rapaz a óbito", disse. Ferreira Pinto afirma que as investigações do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) apontam que a cena da morte na rua foi "montada" pelos policiais. Segundo ele, o local em que o motoboy sofreu maus-tratos foi uma edícula no prédio da PM.
Os nove policiais militares suspeitos de envolvimento negaram ontem ter cometido o crime.
Ferreira Pinto diz que o caso irritou o governador Alberto Goldman (PSDB) e seu partido, que temem a exploração eleitoral do episódio.
Crime
A vítima morreu após ser espancada. Horas antes, na noite de 9 de abril, o homem havia sido detido com outras três pessoas pelos policiais que foram atender uma ocorrência de furto de bicicleta na esquina da rua Maria Curupaiti com a avenida Casa Verde. Segundo a corregedoria da PM, os suspeitos foram levados para o batalhão da PM ao invés de irem para a delegacia.
No mesmo dia, por volta da meia-noite, a vítima foi encontrada caída no chão por outros policiais na esquina da rua Voluntários da Pátria com a avenida Brás Leme, também na zona norte. O homem foi levado a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.
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