sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

POLÍCIA

Operação leva 206 pessoas para a cadeia na região

DA FOLHA RIBEIRÃO

Uma semana após a divulgação de dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública, que mostraram alta na criminalidade na região, a Polícia Civil fez ontem uma operação contra a violência. Nas 93 cidades da área do Deinter-3 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior) de Ribeirão Preto foram presas 206 pessoas.
O maior número de prisões (51) foi na área da Seccional de Ribeirão, mas foi em Itápolis, na microrregião de Araraquara, onde ocorreu a ação mais significativa.
Dezessete foram presos e nove menores apreendidos na cidade acusados de fazer parte de uma quadrilha que agia no tráfico de drogas e roubo e furto a bancos. Segundo o delegado seccional de Araraquara, Fernando Giaretta, o bando integra a facção criminosa PCC.
Em Ribeirão, o delegado seccional Wanir José da Silveira Júnior ressaltou principalmente as ações contra o tráfico. O diretor do Deinter-3, Valmir Granucci, disse que a ação foi importante para mostrar derrubar os índices de criminalidade.

Justiça bloqueia casa de ladrão na praia

O assaltante teria adquirido bens que são incompatíveis com sua renda num "curto período de tempo"

VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

O representante autônomo Carlos Alberto Queiroz Garcia, que revende defensivos agrícolas, ganhou na Justiça a possibilidade de reaver os R$ 93,8 mil roubados dele em junho do ano passado, em Ribeirão, por uma dupla de assaltantes.
Em decisão ontem, o juiz da 1ª Vara Criminal Guaracy Sibille Leite determinou, em caráter liminar, o sequestro de um apartamento no Guarujá comprado por um dos ladrões, Mario Carvalho Filho, que estava foragido até ontem.
Na decisão, provocada por uma ação do promotor Naul Felca, o juiz levou em consideração o fato de Carvalho Filho, identificado pela Polícia Civil como um dos assaltantes, ter adquirido bens, num "curto período de tempo", de valores incompatíveis com a renda.
Segundo o advogado de acusação Daniel Seixas Rondi, o apartamento no Guarujá comprado pelo assaltante vale R$ 96 mil. "Ao fim do processo, se ele [Carvalho Filho] for condenado [por roubo], o apartamento pode ser vendido para pagar o valor roubado", disse Rondi.
Além disso, com a decisão judicial, Carvalho Filho não pode mais vender o apartamento da praia, o que evita também prejuízos a um possível comprador do imóvel. "Um possível comprador poderia comprar e não levar", disse Rondi.
O delegado do 1º DP (Distrito Policial) de Ribeirão Carlos Henrique Araújo Garcia, responsável pelas investigações do caso, disse que Carvalho Filho também comprou um carro BMW, na época avaliado em R$ 120 mil, e registrou o automóvel no nome de sua mãe.
Garcia foi assaltado pela dupla em junho do ano passado, quando saía de uma agência do Banco Real na avenida Presidente Vargas, zona nobre de Ribeirão Preto.
Segundo o delegado, a dupla, que agia sempre em uma moto Honda Hornet 600, avaliada em cerca de R$ 30 mil, fez pelo menos outras quatro vítimas na cidade. Três delas, segundo Rondi, também tentam ressarcimento via judicial.
Um dos assaltantes, que dirigia a Hornet, foi preso, segundo o delegado. Ele era piloto profissional e fazia apresentações com motos. A Folha tentou ouvir ontem o advogado de Carvalho Filho por telefone, mas não conseguiu encontrá-lo.

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