domingo, 31 de janeiro de 2010

Serra triplica número de viagens em SP e a mídia ignora a crise carcerária

SILVIA AMORIM - Agencia Estado

SÃO PAULO - Uma lista extensa de inaugurações a fazer e a proximidade da data para se afastar do governo de São Paulo já provocam mudanças na agenda do governador e provável candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra. A mais evidente delas é um aumento das suas viagens pelo Estado. Somente em janeiro, o governador visitou 16 municípios. É o triplo da média mensal de viagens feitas em 2009. De janeiro a dezembro, foram, em média, cinco visitas por mês fora da capital e um total de 62 deslocamentos.
A maioria das viagens foi para inaugurar obras, divulgar novos programas ou anunciar a liberação de recursos para prefeituras. Três visitas foram em razão das enchentes. Serra esteve ainda em duas cidades para acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste mês. Um levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre todos os compromissos diários do governador desde janeiro de 2009 mostrou que o aumento no ritmo de eventos fora da capital começou no semestre passado. De julho a dezembro, Serra fez 38 viagens.
Nos seis meses anteriores, as visitas pelo interior foram menos freqüentes - 24. O governo atribui o crescimento dos compromissos no interior em janeiro a dois fatores: volume grande de obras concluídas no fim da gestão e incidentes causados pelas chuvas. "É normal em final de governo que os investimentos feitos nos primeiros anos estejam agora prontos para serem inaugurados. Foram três anos de investimentos pesados", disse o secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira. "Nesse mês também tivemos alguns deslocamentos do governador ligados ao problema das enchentes", completou. Aloysio descarta uma relação entre essas viagens e interesses eleitorais. "Isso não existe. É a maturação dos investimentos que foram feitos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentário do Blog SERVIDOR PENITENCIARIO


O Secretario da casa civil Aloysio Nunes, do governo Serra diz que foram três anos de investimentos pesados, mas não diz o que o governo Zé Serra fez pelo Sistema Penitenciário Paulista.

Na verdade, não diz e não divulga, porque não há nada para falar!

Quem tiver alguma duvida faça uma busca no principal portal do Governo do Estado de São Paulo e procure alguma novidade sobre Administração Penitenciaria.

Pois bem, não encontrará nada porque mídia ignora a crise carcerária, ou seja, ignora os efeitos da crescente interiorização do sistema penitenciário paulistas.

Entretanto, haverá, uma serie de propaganda de transporte, infraestrutura, saúde educação, segurança etc. Mas não há nada em matéria de segurança Penitenciaria!

Uma vez que construção de presídios, não dá visibilidade positiva ao político. Ou seja, não traz o político em questão para o telejornal da Rede Globo no período pré- eleitoral. Embora não seja segredo para ninguém que a Globo e o Estadão disputam a primazia de quem faz a campanha mais escancara pró-Serra e qual dos dois é seu melhor porta-voz nas jogadas políticas. Muitas vezes a propaganda pós-Serra é tão descarada que vira até cômica: veja esta reportagem da revista VEJA clique aqui



Contudo, vamos analisar a gestão Serra sem paixão, nesta área de Segurança Publica, vejamos:

Sem meios de construir mais presídios na Grande São Paulo, o governo cria cadeias em cidades de que a maioria dos paulistas nunca ouviu falar, como Lavínia, Pracinha e Valparaíso. E daí?

Os governos do PSDB sempre optaram por uma política de encarceramento e de construções de novos presídios, numa expansão desenfreada rumo ao interior paulista.

Qual será o interesse do senhor governador nesse tipo de política? Quantos milhões dos nossos impostos o Estado entregará nas mãos das empreiteiras para a construção dessas unidades prisionais?

Pois bem, hoje o Estado de São Paulo conta com 149 unidades prisionais, que abrigam 150 mil presos. O volume representa um terço de toda massa carcerária do país. Segundo o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), 30% desses homens e mulheres poderiam estar nas ruas, cumprindo penas alternativas ou usufruindo de regimes de progressão. Essa deveria ser a resposta do Governo do Estado para o problema da superlotação do sistema carcerário.

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