Agente de CDP é espancado

Josmar Jozino, josmar.jozino@grupoestado.com.br

O Ministério Público Estadual (MPE) e a Polícia Civil investigam denúncias de agressões contra o Agente de Vigilância e Escolta Penitenciária (AEVP) Noelson de Oliveira Gomes, de 31 anos. Ele foi espancado, amarrado e colocado na carroceria de uma picape durante uma festa de confraternização com funcionários do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, no último dia 5.

Segundo as denúncias, o diretor-geral do CDP, Emerson Rodrigues Sanches, participou e comandou as agressões contra Gomes, responsável pela guarda da muralha da unidade. Os agentes penitenciários identificados como Marcos Masi, Júlio, Felipe e Adriano também são acusados de envolvimento no espancamento.

Testemunhas contaram que, por ordem de Sanches, que estaria embriagado, os agentes amarraram Gomes na carroceria de uma picape Courrier verde. “Pelo que apuramos, a ordem era para desovar o corpo dele num ponto da Rodovia Regis Bittencourt”, afirmou um funcionário ao JT.

A festa de confraternização foi realizada no Rancho dos Pereiras, na Estrada Municipal Ferreira Guedes, não muito longe do CDP. A Polícia Civil apurou que Gomes não gostou de uma música que era tocada, reclamou e isso deu início à discussão.

Ele pulou da picape em movimento e foi medicado no PS de Itapecerica. Também foi submetido a exame de corpo de delito. O caso foi registrado na delegacia da cidade. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) não se manifestou sobre o caso. Emerson Rodrigues Sanches não foi encontrado pela equipe de reportagem.

LEIA ABAIXO A NOTA DE REPUDIO DO SINDICATO DOS AEVP´s



Vejamos até que ponto chega à intolerância e a violência no meio em que vivemos.



Se já não bastasse o descaso que muitos AEVP´s sofrem, perseguições, abandono total por conta dos administradores de algumas unidades em relação a equipe de AEVP, agora temos que nos deparar com ato de total selvageria e violência por parte de covardes que agridem um próprio companheiro de trabalho, cuja função além de manter a ordem e disciplina do sentenciado sob sua tutela de custódia, agrega ainda a função de proteger a integridade física dos funcionários que trabalham internamente nas unidades prisionais. Como forma de repúdio por esta entidade a qualquer ato de violência, bem como um geste de demonstrarmos total apoio ao companheiro de muralha em questão, deixamos esta matéria para que sirva de exemplo para todos que buscam união de classes de como não se deve proceder, haja vista o total despreparo psicológico dos que comandam a segurança e disciplina da unidade de Itapecerica da Serra.


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