SÃO PAULO - No primeiro semestre do ano, o Estado de São Paulo registrou 130 mil casos de roubo. Trata-se de um recorde nas estatísticas. Os picos históricos ocorrem tanto nas cidades grandes, como São José dos Campos e Jundiaí, quanto nas médias e pequenas de todas as regiões paulistas. A região de Presidente Prudente - com 53 cidades, 50 delas com menos de 40 mil habitantes - foi onde os registros mais cresceram: 54% em relação ao mesmo semestre de 2008.
Conforme o ranking de roubos feitos pelo Estado, entre os 645 municípios paulistas, cidades com economias ricas e problemas históricos em segurança - como Praia Grande, Diadema, São Paulo, Santo André, São Bernardo, São Vicente, São Caetano, Santos e Campinas - lideram a lista entre as cidades com mais de 100 mil habitantes. Só 6 dos 73 municípios com essa densidade populacional registraram quedas nos índices de roubos.
Os dados mostram ainda que esse crime aumenta principalmente em cidades antigamente mais calmas e menos populosas. Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, teve o maior crescimento no semestre: 113%. Várzea Grande Paulista e Jandira, segundo e terceiro lugares, também tiveram aumento acima de 100%.
Um comentário:
Como combater
Se a polícia está prendendo mais e até matando mais, e o crime está aumentando, não seria porque o policiamento está apenas correndo mais depois que o fato aconteceu, ao invés de chegar antes para evitar que acontecesse? O modelo atual de organização policial está esgotando suas possibilidades de fazer frente à criminalidade nas grandes cidades.
O combate ao roubo precisa passar por três soluções. A primeira é institucional, que compete aos governos federais e estaduais e municipais com o envolvimento de um policiamento ostensivo e investigativo com todos os efetivos policiais, ou seja, Guardas Civis, PM e Policia Civil.
A segunda solução é promover a integração das atividades da PM e da Polícia Civil, em todas suas fases. A terceira e ultima solução é reduzir a impunidade é investir na prevenção. Investir mais no Sistema Penal, porque grandes partes dos criminosos são reincidente proveniente do sistema penitenciário. O delinqüente e o desordeiro em potencial são incrivelmente racionais e intimidam-se muito mais com a certeza da punição do que com a gravidade das penas intervenções deve se realizar através do desenvolvimento da eficácia sistema de justiça criminal. Não existem problemas insolúveis, existem pessoas que não querem ou não são capazes de resolvê-los. A função de qualquer chefe de serviço público não é apenas cumprir as rotinas de seu cargo, mas tomar as decisões difíceis, surgidas ou deixadas por antecessores, que resolvam problemas existentes.
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