terça-feira, 12 de maio de 2009

Em ato público, organizações relembram três anos dos ataques do PCC em SP

Representantes de organizações em prol dos direitos humanos realizam na tarde desta terça-feira, em São Paulo, um ato público para discutir a apuração da morte de 493 pessoas durante a onda de violência que atingiu o Estado em 2006.

No dia 12 de maio daquele ano, membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) iniciaram uma onda de ataques contra as forças policiais em São Paulo. Os ataques espalharam pânico entre a população e no dia 15 a cidade de São Paulo parou por causa do medo.

No período dos ataques --de 12 a 20 de maio--, São Paulo registrou 493 mortes causadas por armas de fogo tanto de civis como de policiais. Conforme nota do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), um dos organizadores do evento desta terça, o ato público tem como meta estabelecer "quantos inquéritos foram concluídos" e "quantas pessoas foram indiciadas" por conta dos assassinatos.

Levantamento feito pela Folha com base nos documentos da Ouvidoria da Polícia, órgão com função de fiscalizar as polícias Militar e Civil, revela que aconteceram 102 casos em que policiais foram suspeitos de matar 170 pessoas. Desse total de mortos, 89 foram vítimas de 54 atentados com "características de execução" (sem chance de defesa para a vítima). Dos 54 casos, 33 já estão arquivados e 16 continuam em andamento.

Além do conselho, participarão do evento representantes do Ministério Público Federal, da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, da Ouvidoria da Polícia, da Pastoral Carcerária e do Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana).

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