SÃO PAULO - Em menos de 48 horas, dois funcionários de presídios foram executados no estado de São Paulo. O primeiro caso ocorreu na madrugada de domingo. Um agente penitenciário de 27 anos foi morto quando chegava em sua casa com a namorada na cidade de Álvares Machado, a 578 km de São Paulo. Denílson Dantas Gerônimo era agente penitenciário e trabalhava na Penitenciária de Segurança Máxima de Presidente Bernardes, onde ficam os presos mais perigosos do estado, em Regime Disciplinar Diferenciado.
Nesta segunda-feira, o carcereiro José Augusto Falcão, de 43 anos, foi morto a tiros por volta das 8h30m em Rio Claro, a 190 quilômetros da capital. Dois homens em uma moto encostaram ao lado do carro da vítima e o garupa disparou várias vezes. Falcão foi levado para a Santa Casa local, mas não resistiu.
O agente de Presidente Bernardes foi executado ao terminar de estacionar o carro, na porta de sua casa, e sair para abrir o portão. Os bandidos chegaram em outro carro. O carona abaixou o vidro e atirou 15 vezes com uma pistola 380 sem dizer nada. Depois disso fugiram. Pelo menos oito tiros Gerônimo, que morreu a caminho do hospital. A namorada dele estava no banco do passageiro e não foi ferida.
A polícia trabalha com a hipótese do crime ter sido cometido por integrantes da facção criminosa que age dentro e fora dos presídios paulistas e promoveu atentados de terror em todo o estado em 2006.
De acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo ( Sindasp), a ação com certeza foi arquitetada pelo crime organizado. O sindicato afirma que a facção criminosa usa este tipo de atentado para intimidar a ação da categoria.
O Presídio de Segurança Máxima de Presidente Bernardes possui 160 celas individuais. Todo o local é monitorado por câmeras 24 horas por dia. Os presos ficam isolados, e não tem direito a jornais, revistas, televisão ou rádio. O tempo de banho de sol é reduzido, e os detentos só podem receber a visita semanal de duas pessoas cadastradas.
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