Por Júlio Castro, Especial para o Estado
FLORIANÓPOLIS - A ação preventiva de combate a eventuais rebeliões em presídios a partir da transferência dos 40 criminosos apontados como líderes e integrantes da facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC) se manteve em curso com a participação de agentes da Força Nacional de Segurança nesta terça-feira em Santa Catarina. O grupamento de aproximadamente 350 agentes federais foi dividido para atuar nas Penitenciária de São Pedro de Alcântara e Criciúma, os presídios de Joinville e Blumenau e no complexo penitenciário de Canhanduba, em Itajaí. Ações paralelas de repressão ao crime organizado e o combate no tráfico de drogas também estão em curso em diversas regiões com a participação da FNS e a Polícias Militar, Ambiental e Federal.
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Em Florianópolis, são frequentes os voos rasantes do helicóptero Águia da PM sobre os morros próximos ao centro e em alguns bairros da cidade a procura de suspeitos de praticar os atentados que acontecem no Estado desde o dia 30 de janeiro. A "Operação Divisas" atua por terra, mar e ar, com o objetivo de conter as ações criminosas que já somam 111 em 36 cidades nas últimas três semanas. Na região de Joinville, o Batalhão de Polícia Militar Ambiental, em parceria com a Receita Federal, faz patrulhamento na Baía da Babitonga, além da faixa litorânea Norte de Itapoá até Itajaí. A ação visa controlar atentados, coibir a entrada de drogas e foragidos pelo mar. Lanchas de até 48 pés estão sendo usadas numa ação de deve durar mais duas semanas.
Diligências já resultaram nas prisões de 147 suspeitos de participação nos atentados em Santa Catarina. Maykon Aurélio Saturnino, de 29 anos, foi preso em ação cumprida pela Diretoria de Investigações Criminais (Deic) na madrugada de terça-feira. Ele foi detido às 4 horas em apartamento de cobertura no bairro João Paulo, considerado de classe média alta de Florianópolis. Maykon, conforme o diretor da Deic Akira Sato, é suspeito de ser o principal mandante, em liberdade, dos atentados. Ele é cunhado de Rodrigo Oliveira, o "Rodrigo da Pedra", conhecido traficante catarinense, um dos líderes da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC) e incluído entre os 40 presos que foram transferidos para a Penitenciária de Mossoró, no Rio Grande do Norte, no último sábado. A sogra e a mulher de Rodrigo da Pedra também foram presas por suspeitas de participação em atentados e envolvimento com o tráfico de drogas. Desde o último sábado mais de 70 mandados de prisão foram cumpridos Entre suspeitos de envolvimento com a PGC e com os autores de atentados estão quatro advogados.
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