sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Descriminação do uso da maconha

Para FHC, atos como marcha do orégano "não resolvem"

Ex-presidente defende que grupos reforcem argumentos

DA SUCURSAL DO RIO

Defensor da descriminação do uso da maconha, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse ontem no Rio que manifestações pela flexibilização da lei de drogas não devem ser proibidas, mas "não resolvem" o problema.
Um grupo de alunos da USP organiza um protesto para amanhã pela legalização da maconha, em que pretendem usar baseados de orégano. Promotores já proibiram manifestações semelhantes em diversos Estados por considerarem a prática apologia ao crime.
"Eu, geralmente, sou aberto às manifestações. Desde que seja pacífica, não acho que não se deva deixar que exista. Mas não resolve. Essas pessoas precisam dizer por que são contra [a lei atual]", disse FHC na sede da Polícia Civil do Rio.
O ex-presidente foi ao local visitar o depósito da Divisão de Fiscalização de Armas e Explosivos e gravar cenas para um documentário sobre política de drogas, sob direção do cineasta Fernando Andrade, e entrevistar o chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski.
Para o tucano, a discussão não deve ser apenas sobre a descriminação ou não -deve-se pensar nas consequências da decisão. "Temos que ver, por exemplo, a assistência aos usuários, que têm que ser tratados decentemente", afirmou.

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