terça-feira, 16 de setembro de 2008

Greve da Polícia Civil em SP tem início oficialmente

SÃO PAULO - O presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (Sipesp), João Batista Rebouças da Silva Neto, afirmou que nesta manhã a greve dos policiais civis começa oficialmente. Ontem, a paralisação foi antecipada voluntariamente e teria atingido 187 municípios no Estado.

Segundo Rebouças, as delegacias devem trabalhar com 80% do efetivo, realizando apenas serviços essenciais, como casos de flagrante, homicídios, acidentes de trânsito com vítima fatal, mandado de prisão, seqüestros, latrocínios, roubos e furto de veículos. Casos mais simples como extravios de documentos, furtos, dano, acidentes sem vítimas, lesão corporal, estelionato, entre outros não serão registrados.

Os policiais reivindicam aumento de 15% neste ano, 12% em 2009 e 12% em 2010, mais a incorporação dos adicionais no salário. Além disso, eles querem em uma segunda etapa a reestruturação da categoria. O governo oferece o investimento de R$ 500 milhões em reestruturação. Não houve acordo nas reuniões.

- É uma série de recusas que nos obriga à paralisação. Não tem condições de viver com o salário que temos. É o pior salário do País - disse o presidente do sindicato. - Queremos ter também melhores condições de trabalho. Não temos condições de dar o serviço que a população precisa.

No dia 13 de agosto, os policiais civis também pararam e o movimento durou apenas 7 horas. Na ocasião, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou a suspensão da greve e marcou as primeiras reuniões de conciliação que não surtiram qualquer efeito.

Mobilização

Rebouças informou ainda que, às 13h, policiais devem se reunir na frente do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) com um carro de som para explicar aos agentes que não aderiram à greve sobre a necessidade da paralisação. - Queremos que eles tenham conhecimento da necessidade de se mobilizar - disse.

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